Não sou o seu segundo
Não sou o seu descartável
Você nunca me dá o real valor
eu sou um ser meio imutável
um afinado cerebro de museu
um suplente para te dar calor
um suplente para te dar calor
A inteligência não me basta
posso ter cinco mil verbos
largados na doce saliva
que mesmo com todo o afeto
acabo derretendo no teu verão
é porque sou gelo no calor
que me chupa com a língua
me passeia pela sua boca
me tira o sarro de santo e
me afoga suada sobre mim
as tattoagens agora nuas
deitam nos panos rasgados
no deleite mais ousado
de um dedo te virando
as casas do nosso gosado
no deleite mais ousado
de um dedo te virando
as casas do nosso gosado
vejo risadas nas dobras do corpo
não tente me enganar com o olhar
faço até cara de quem resiste
no bom da cama creio mais em mim
descubro um vazio bobo e ridículo
ah garota, teu cheiro me domina facil
ah garota, teu cheiro me domina facil
nas mentiras que você sempre inventa
me prometo que não vou querer, mas
me prometo que não vou querer, mas
se lavou ta novo passo na cara rápido
para ter aquele momento de novo
este meu amor não vale nada
toda a pessoa é santa oca
coberta num véu e grinalda
na senha da infância sonhava
sempre que queria ser feliz
nas brincadeiras de um querer
duma cor de uma flor de laranjeira
de um suco calmo maracujá
então me aprumo para voçê
pois tenho puta fé no meu santo
pois tenho puta fé no meu santo
nunca caio numa cama ao Deus dará
então faça a trilha desse filme gringo
onde um poeta bêbado carpinteiro
fica pondo farpas gritadas no colchão
Te digo garota só serei seu
se for o primeiro do teu peito
se for o primeiro do teu peito
o segundo não vale a intenção
a não ser que seja combinação!
V. S.
V. S.
Nenhum comentário:
Postar um comentário