Bem vindos, ao meu primeiro dia de Blog...

Será que essa coisa vai funcionar, bom vamos tentar!
Tento a mais de dois anos, com erros de gramática e de português, escrevo para saciar coisas que tenho dentro de mim.



quinta-feira, 7 de abril de 2011

Um Correio Para Patricia

Oi Patricia, espero que tudo esteja bem com você, estou escrevendo para te falar que o mundo girou e que as coisas nunca voltam totalmente ao normal, que o mundo está nos dando mais chances do que podemos ter e que apesar de tudo estar virado lá pelos lados do Japão e do oriente médio que sempre está em meio de uma paz menor do que mediana, nós estamos bem e dando noticias.

 Pat, outro dia vi um filme, que contava a história de duas pessoas não muito normais e que se gostavam em torridos momentos. Que depois, distantes uma da outra vivendo no meio do inverno de Praga e mesmo assim revivendo a vida, de como tudo aconteceu numa boa lembrança, e acho que foi nesse momento que comecei a me lembrar de nós dois, boas lembranças é o que não falta e diferente do final do filme, nossa relação atravessou o inverno, para se firmar em um calor gostoso.

Ah Patricia, eu realmente espero que esta carta te encontre muito bem! Mas me diga rápido; como está o teu canto, e o violão, está tocando bem? Sei que ainda não te vi no palco, mas isso não é tão ruim meu bem, fico imaginando numa fantasia, você bem linda, com lindas sandálias e fitas verdes nos pés, dançando e girando as saias rodadas de cigana, tão rápido que parece me levitar nesse sonho também.

Ah, é verdade, estava falando do filme para você! Patricia, a trama toda minha querida me pareceu familiar e descobri porque, é que eu me lembro de tudo, do bom e do ruim e no fim das contas, sempre me pego rindo e sentindo que o inverno demorou demais. É que quando se gosta, ficamos distraídos e o tempo voa sem fim.

Sinto saudades de tê-la ao meu lado, descobri que apenas gostaria de ter mais noites para ficar abraçado conversando, viajando nas palavras. Como um filme antigo, a distancia não nos atrapalha. Só acho que uma parte minha reclama rabugenta e claro também a minha inteligência, por ter perdido seu humor sobre os nossos comentários nas madrugadas e afins.

Pois é Patricia, assim caminho mas não sei se aprendo, nunca me conformei com algo que não era para ser, ou era aquilo ou não era nada, sempre preferi o tudo que não escrevi. Que bobo, achava que tinha de ser tudo muito exato, como um padre que crê no céu e no inferno, sem purgatório e nem berçário de almas, sem as virgens e o meu átomo sagrado. Tudo por um livro antigo, que não se sabe quem escreveu.

Neste filme antigo, tentam nos mostrar o que é a insustentável leveza do ser, algo como um 21 gramas moderno num outro contexto porque não se discute o peso d'alma e sim o do ser, mas que faz a gente pensar qual é o nosso peso e como ele dobra quando estamos em dor. Eu sei das coisas que passamos nesta terra, e sei de como é difícil viver sem saber o verdadeiro peso do amor.

Por isso agora te peço desculpas por antes, por não nos entender.

Do teu sempre querido.


V. S.

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